Programa Pastoral Diocesano
2019-2020
Completando-se neste ano os 250 anos da restauração da Diocese,
tomamos como lema
Somos Igreja Celebrante
Dando seguimento ao Programa Pastoral do ano passado, em que nos propusemos ajudar os cristãos da Diocese a viverem a Fé da Igreja na qual foram batizados, o Programa deste ano, centrado na Celebração, quer ajudá-los a viver intensamente o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, memorial da Páscoa do Senhor e ponto de chegada da Iniciação Cristã. A maneira mais justa de comemorarmos frutuosamente os 250 anos da restauração da nossa Diocese, consistirá, seguramente, em celebrarmos o melhor possível a Eucaristia, pela qual a Igreja se edifica, vive e anuncia Cristo Ressuscitado.
A Constituição Sinodal da Diocese, no número 24, fala-nos da Igreja como Templo do Espírito Santo: Cada comunidade cristã é esse templo, é o lugar onde Deus se encontra com o homem e este com Deus e onde se recebe e se cultiva a reconciliação e a comunhão entre o Céu e a terra. Por isso, a comunidade cristã aparece neste mundo como a forma primordial da beleza, pois nela resplandece a verdade da fé que professamos e a bondade das obras que praticamos, as mesmas obras de Cristo e do Pai.
Para que as nossas assembleias sejam de facto celebrantes, e não apenas assistentes, é necessário que cada batizado se reconheça participante da missão sacerdotal de Cristo. Nesse sentido, é preciso ajudar as pessoas a passarem de uma vivência meramente religiosa para uma vivência centrada no Mistério Pascal do Senhor e na Liturgia da Igreja. A recuperação do Domingo como dia do Senhor e a purificação das festas religiosas, a implementação progressiva da Liturgia das Horas, e a cuidada celebração da Eucaristia e dos outros Sacramentos, ajudarão a comunidade cristã a viver consciente da sua identidade e da sua missão no meio do mundo (cf. Constituição Sinodal, nº 46).
Para podermos celebrar a Eucaristia, precisamos de ser Igreja. Mas não esqueçamos que também a Eucaristia faz a Igreja e que é celebrando-a, alimentando-nos dela, que crescemos como cristãos. Sem ela, nenhuma comunidade pode consolidar-se, florescer e frutificar (cf. Constituição Sinodal, nº 48-49).
Ao celebrarmos a efeméride dos 250 anos da Diocese restaurada, convido todos os diocesanos a louvar a Deus e a dar-Lhe graças, não só por este facto, mas também por todos os dons que nos tem concedido por meio dos seus pastores. Este deve ser um ano vivido em oração intensa, para darmos a Deus o que é de Deus. Para Lhe darmos espaço e tempo nas nossas vidas, vamos promover a prática da Oração em toda a Diocese. De facto, há muitos cristãos que rezam pouco ou nada, porque nunca foram iniciados na oração cristã. Por isso, as catequeses para adultos serão, neste ano, sobre a temática da Oração.
A vivência do Ano Missionário concluir-se-á em outubro próximo, com a celebração do Mês Missionário marcado, para toda a Igreja, pelo Papa Francisco. Damos graças a Deus pela peregrinação dos símbolos missionários, que ajudou a despertar, em toda a Diocese, o ardor da missão. Damos-Lhe graças também pelos homens e mulheres nascidos nesta Diocese, hoje dedicados ao anúncio do Evangelho.
Objetivos gerais:
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- Celebrar os 250 anos da restauração da Diocese.
- Promover a dimensão orante da vida cristã, individualmente e nas famílias.
- Preparar e celebrar os Sacramentos, sobretudo a Eucaristia, como assembleias celebrantes.
- Continuar a evangelizar os adultos praticantes.
- Implementar o Catecumenado Batismal em toda a Diocese.
- Cultivar o espírito missionário nas paróquias e nas famílias.
- Renovar as Pastorais Juvenil e Universitária, preparando as JMJ 2022.
- Fomentar a Pastoral Familiar Diocesana.
- Promover a caridade cristã junto dos pobres, idosos e migrantes
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+ João Marcos, Bispo de Beja